sábado, setembro 01, 2012

A notória diferença



Foi tal a surpresa causada pela presença do Pedro Moura na lista de Vasco Cordeiro que o alarido gerado (mais entre internautas, diga-se em abono da verdade) acabou relegando para segundo plano algumas das virtuosidades que representa a sua integração, tal como a de outros independentes, naquela lista. Pedro Moura para além de uma agradável surpresa foi também, inegavelmente, uma grande mais valia para a lista de Vasco Cordeiro. Tal como o será, estou convicto, na Assembleia Legislativa dos Açores! Mas, porque tal como acontece com Pedro Moura são de elevada qualidade e credibilidade os outros independentes com eleição garantida que renovam e refrescam aquela lista, todos eles em conjunto, e sobretudo aquilo que as suas presenças simbolizam como renovação e amplitude de representatividade sócio/política, é uma das grandes vantagens da lista de Vasco Cordeiro. É por exemplo este o caso de Graça Silva, outra competente, agradável e valiosa presença (menos mediática, até algo discreta, mas, e se calhar por isso mesmo, importantíssima) no topo da lista de Vasco Cordeiro. Porém, ainda muito mais relevante do que Graça Silva – de um lado – e Pedro Moura – no outro – é todo o vasto espaço que medeia um e outro, tal como o alargado leque político nele contido, onde muitos se sentem bem representados! E não tenhamos dúvidas, a marca geracional de cada um dos cabeças de lista – num dos casos apontando para o futuro e noutro para o passado – apresenta-se como aquilo que, indo além das condicionantes ideológicas e/ou atitudes de maior ou menor resistência ao sectarismo, também facilita e/ou dificulta a aceitação de opções mais arrojadas e abrangentes de abertura à sociedade, acentuando a diferença entre ambas as listas, com larga vantagem para a de Vasco Cordeiro.

Como se já não bastassem “as figuras de proa”, salvo escassas excepções, são também muitos dos outros integrantes de ambas as listas a fazer a notória diferença entre a via que pode conduzir a uma desejada renovação e o atalho que, apontando para uma alternância, fá-lo de forma regressiva, quase retrógrada.

A.O. 31/08/2012; “Cá à minha moda" (revisto e acrescentado)